segunda-feira, 29 de março de 2010

Maior acelerador de partículas do mundo é religado após 14 meses

O maior acelerador de partículas do mundo voltou à atividade nesta sexta-feira, após 14 meses parado, informou o Centro Europeu de Investigação Nuclear (CERN). O primeiro teste da máquina foi realizado por algumas horas em setembro de 2008, antes do acelerador apresentar um grave problema e ter que ser desligado.

"Os primeiros testes de injeção de partículas de prótons começaram às 16h (13h no horário de Brasília)", disse James Gillies, porta-voz do CERN.

Estas injeções duraram uma "fração de segundo" para permitir que as partículas "deem meia volta, e até uma volta" no circuito do Grande Colisor de Hádrons (LHC), destacou Gillies.

"Se tudo ocorrer bem, às 7h deste sábado [04h no horário de Brasília] trataremos de fazer circular um feixe de partículas durante vários minutos", disse o porta-voz.

A circulação de partículas no gigantesco equipamento começará em um primeiro momento em baixa energia, com 450 GeV (gigaeletrons volts), e quando os cientistas injetarem feixes em direções opostas se produzirão, a essa velocidade, as primeiras colisões.

A partir então, o experimento consistirá em ir aumentando progressivamente a potência da circulação dos prótons, até chegar ao momento mais esperado e temido por alguns: as primeiras colisões de partículas a velocidade próxima a da luz, o que calculam que poderia ocorrer em janeiro.

Nesse momento, serão recriados os instantes posteriores ao Big Bang, o que dará informações-chave sobre a formação do universo e confirmará ou não a teoria da física, baseada no Bóson de Higgs.

A existência dessa partícula, que deve seu nome ao cientista que há 45 anos previu sua existência, considera-se indispensável para explicar por que as partículas elementares têm massa e por que as massas são tão diferentes entre elas.

Segundo Gillies, uma garrafa de champanhe já está pronta para a comemoração.

O LHC custou 3,76 bilhões de euros e deve permitir progressos sobre o conhecimento da matéria e a origem do universo. O acelerador, contudo, teve sucessivos problemas após entrar em serviço, no dia 10 de setembro de 2008.

O primeiro incidente ocorreu menos de 48 horas após a ativação do sistema, sendo seguido por um segundo defeito, no dia 19 de setembro, que afetou os ímãs encarregados de guiar as partículas pelo circuito do acelerador.

O circuito mede nada menos que 27 km e está 100 metros sob a terra, em uma região da fronteira entre França e Suíça, passando pelo território dos dois países.

Desde setembro de 2008, o CERN realiza um longo trabalho para reparar o Acelerador de Partículas, que incluiu a instalação de novos sistemas de segurança ao longo do percurso, cuja construção envolveu mais de 7.000 físicos, durante cerca de 12 anos.

Mas nem todo mundo apoia a experiência. Um grupo contrário ao experimento apresentou nesta sexta-feira uma denúncia ao Conselho de Direitos Humanos sobre o "perigo" que a população está exposta com esse teste.

Eles alegam que a matéria estará em um estado jamais observado antes --o que pode levar ao surgimento de um buraco negro capaz de aspirar tudo o que estiver ao redor.

Fonte: Folha Online

sábado, 20 de março de 2010

Chernobyl : Um desastre sem precedentes

http://ceolino.blogspot.com/2007/04/26-de-abril-1986-acidente-nuclear-em.html

No ano de 1986, os operadores da usina nuclear de Chernobyl, na Ucrânia, realizaram um experimento com o reator 4. A intenção inicial era observar o comportamento do reator nuclear quando utilizado com baixos níveis de energia. Contudo, para que o teste fosse possível, os responsáveis pela unidade teriam que quebrar o cumprimento de uma série de regras de segurança indispensáveis. Foi nesse momento que uma enorme tragédia nuclear se desenhou no Leste Europeu.
Entre outros erros, os funcionários envolvidos no episódio interromperam a circulação do sistema hidráulico que controlava as temperaturas do reator. Com isso, mesmo operando com uma capacidade inferior, o reator entrou em um processo de superaquecimento incapaz de ser revertido. Em poucos instantes a formação de uma imensa bola de fogo anunciava a explosão do reator rico em Césio-137, elemento químico de grande poder radioativo. Com o ocorrido, a usina de Chernobyl liberou uma quantidade letal de material radioativo que contaminou uma quilométrica região atmosférica. Em termos comparativos, o material radioativo disseminado naquela ocasião era assustadoramente quatrocentas vezes maior que o das bombas utilizadas no bombardeio às cidades de Hiroshima e Nagasaki, no fim da Segunda Guerra Mundial. Por fim, uma nuvem de material radioativo tomava conta da cidade ucraniana de Pripyat. Ao terem ciência do acontecido, autoridades soviéticas organizaram uma mega operação de limpeza composta por 600 mil trabalhadores. Nesse mesmo tempo, helicópteros eram enviados para o foco central das explosões com cargas de areia e chumbo que deveriam conter o furor das chamas. Além disso, foi necessário que aproximadamente 45.000 pessoas fossem prontamente retiradas do território diretamente afetado. Para alguns especialistas, a dimensões catastróficas do acidente nuclear de Chernobyl poderiam ser menores caso esse modelo de usina contasse com cúpulas de aço e cimento que protegessem o lugar. Não por acaso, logo após as primeiras ações de reparo, foi construído um “sarcófago” que isolou as ruínas do reator 4. Enquanto isso, uma assustadora quantidade de óbitos e anomalias indicava os efeitos da tragédia nuclear. Buscando sanar definitivamente o problema da contaminação, uma equipe de projetistas hoje trabalha na construção do Novo Confinamento de Segurança. O projeto consiste no desenvolvimento de uma gigantesca estrutura móvel que isolará definitivamente a usina nuclear de Chernobyl. Dessa forma, a área do solo contaminado será parcialmente isolada e a estrutura do sarcófago descartada. Apesar de todos estes esforços, estudos científicos revelam que a população atingida pelos altos níveis de radiação sofre uma série de enfermidades. Além disso, os descendentes dos atingidos apresentam uma grande incidência de problemas congênitos e anomalias genéticas. Por meio dessas informações, vários ambientalistas se colocam radicalmente contra a construção de outras usinas nucleares.

segunda-feira, 15 de março de 2010

A radioatividade presente em nosso dia-a-dia


Radiografia: ferramenta para diagnósticos na medicina.Fonte: http://www.brasilescola.com/quimica/a-radioatividade-presente-nosso-cotidiano.htm

Quando falamos em energia nuclear, a primeira coisa que vem à nossa mente é algo como bombas atômicas ou armas nucleares. Muitas pessoas fazem a triste associação da radioatividade com apenas coisas negativas, mas a energia nuclear é mais do que isso. Conheça a seguir alguns pontos positivos da radioatividade em nossa vida: Radiografia O físico alemão Wilhelm C. Roentgen, no ano de 1895, descobriu uma nova forma de energia capaz de sensibilizar filmes fotográficos protegidos da ação da luz. Essa tecnologia foi batizada de Raios-X, e rapidamente transformou-se em ferramenta para diagnósticos na medicina. O nome usual para essa tecnologia é radiografia. Quando uma pessoa é submetida à radiografia, é colocada entre o ponto de emissão da radiação e uma chapa fotográfica, ocorrendo uma exposição muito rápida à radiação. A radiografia tem aplicações importantes na medicina, na indústria da construção mecânica e no estudo físico de metais e das ligas metálicas. Radioterapia A radioterapia é um método capaz de destruir células tumorais, empregando feixe de radiações ionizantes, tem capacidade de destruir células, por isso representa hoje uma importante arma no combate ao câncer. A radioterapia pode ser empregada com o objetivo de eliminar totalmente o câncer, visando à cura do paciente, ou para diminuir os sintomas da doença, evitando as possíveis complicações decorrentes da presença e crescimento do tumor. Para alcançar esses objetivos, a radioterapia pode ser combinada à cirurgia e à quimioterapia, ou mesmo empregada como recurso isolado. Ela funciona do seguinte modo: uma dose pré-calculada de radiação é aplicada em um determinado tempo, a um volume de tecido que engloba o tumor. Essa técnica busca erradicar todas as células tumorais, com o menor dano possível às células normais circunvizinhas. A morte celular pode ocorrer então por variados mecanismos, desde a inativação de sistemas vitais para a célula até sua incapacidade de reprodução.

sábado, 6 de março de 2010

Sobre radiação


A radiação é a propagação de energia sob várias formas, sendo dividida geralmente em dois grupos: radiação corpuscular e radiação eletromagnética.


Os raios X são ondas eletromagnéticas, como os raios gama, diferindo apenas quanto a origem, pois os raios gama se originam dentro do núcleo atômico, enquanto que os raios X tem origem fora do núcleo, na desexcitação dos elétrons.


Logo após a descoberta dos raios X por Wilhelm Conrad Röntgen, em 1895, os cientistas perceberam que esses raios poderiam ter grandes aplicações práticas. Nos 15 anos que se seguiram, os médicos trabalharam com os físicos nos exames de corpos humanos, onde as primeiras aplicações foram em fraturas de ossos.


http://www.dentalpress.com.br/cms/wp-content/uploads/2008/02/raio-x_450.jpg


Por volta de 1920, iniciaram estudos relativos à aplicação de raios X na inspeção de materiais. Hoje em dia, são usados na indústria em ensaios não destrutivos, na medicina, e em pesquisas científicas.


Dentre os campos mais importantes de aplicação da radiação, estão a Biologia e a Medicina. Na Biologia, é usada em pesquisas de genética, fisiologia, botânica, dentre outros. Na medicina as aplicações são feitas num campo denominado radiologia, que compreende radioterapia, radiologia diagnóstica e medicina nuclear.


OKUNO,Emico;CALDAS,Iberê Luiz;CHOW,Cecil. Física para ciências Biológicas e Biomédicas. São Paulo:Harper & Row,1982.