Desinfecção/ Radiação Ultravioleta (UV) e Ozônio
Onde as pessoas se juntem existe o risco de contaminações tanto na água como no ar. Aerossóis, gotas de água “aerotransportadas”, podem conter doenças, se dispersar no ambiente ou serem ingeridas diretamente.
A radiação UVC pode ser usada para tratame
nto de água. Substitui o cloro, o ozônio e outros oxidantes na desinfecção da água. A radiação ultravioleta é usada para desinfecção de água potável, de efluentes tratados, águas de torre de resfriamento, aqüicultura, aquários, lagos, água engarrafada, água de piscinas, desinfecção de caldo e açúcar liquido, desinfecção de ar e
superfícies e ar condicionados. O sistema de esterilização por ultravioleta (UV) tem sido utilizado com segurança em hospitais, clínicas, laboratórios e indústrias alimentícias, farmacêuticas, cosméticas, de laticínios e outras, há mais de cinqüenta anos. Aparelhos domésticos de radiação ultravioleta (UV), na Europa e EUA, se tornaram populares devido à tendência do uso em piscinas substituindo o cloro formador de c
loraminas (THMs). A radiação UV usada para desinfecção é gerada artificialmente por lâmpadas de vapor de mercúrio. Quando penetra no corpo dos microorganismos a seu código genético e impossibilita a reprodução.
A radiação ultravioleta (UV) é formada por faixas de radiação com características e aplicações práticas específicas. A UV-A, conhecida com
o "UV de onda longa" ou "luz negra", representa a maior parte dos raios UV emitidos pelo sol sendo responsável pelo efeito de bronzeamento da pele. Não é prejudicial e é usada no tratamento médico de certas doenças da pele. A UV-B, uma parte pequena da radiação UV da luz solar é perigosa, mas a maior parte é absorvida pela camada de ozônio na atmosfera. A exposição prolongada aos raios UV-B resulta em câncer de pele e cataratas nos olhos. radiação
A UV-C ou faixa UV germicida, também conhecida como "UV de onda curta", causa avermelhamento da pele e irritação nos olhos tr
ansitória, mas não causa câncer de pele.
A radiação ultravioleta (UV) age no material genético dos microorganismos (DNA), impedindo sua multiplicação. Não acrescenta nada à água nem às características físico-químicas. A radiação do sol inclui, ondas de rádio, infravermelho, luz visível, raios-x, raios gama, raios cósmicos e radiação ultravioleta.
A luz ultravioleta (UVC) germicida faz parte do espectro eletromagnético não visível, com comprimentos de onda entre 100 e 400 nanômetros. Focando-nos numa célula básica de bactéria, interessa-nos a parede da célula, a membrana citoplasmática e o ácido nucléico. O alvo principal da desinfecção por luz ultravioleta UVC
é o material genético, também chamado ácido nucléico. Os micróbios são destruídos quando a luz penetra a célula e é absorvida pelo ácido nucléico. Esta absorção provoca um rearranjo da informação genética que interfere com a capacidade de reprodução da célula. Os microorganismos são inativados pela luz UV resultado de um dano fotoquímico ao ácido nucléico
A maioria dos microorganismos é controlada pela radiação Ultravioleta (UV)
Na desinfecção ocorre uma redução na concentração de patógenos para níveis não infecciosos, podendo atingir vários níveis de redução.
A dosagem de UV recomendada varia de acordo com o organismo e legislação em cada país. Em geral, para água potável e efluentes tratados se usam dosagens de 30 a 100 mW-seg/cm2, respectivamente.A radiação, que atinge os microorganismos é afetada pela turbidez da água, pela temperatura e pelos depósitos de materiais que se acumulam sobre a lâmpada. A Amônia, Nitratos e Nitritos, além da DBO, não afetam a radiação e sua penetração na água; o Ferro e ácidos húmicos absorvem a radiação, o pH afeta a solubilidade dos metais e carbonatos e os sólidos em suspensão e podem abrigar os organismos da radiação.
A claridade visual de uma água não é um bom indicador de sua transmissão; uma água clara para luz visível pode absorver a luz ultravioleta. A melhor forma de medir a transmissão de luz ultravioleta na água é amostrar comum fotômetro que mede a transmissão do comprimento de onda 254 nm.
Transmissão de UV no Meio
A claridade visual de uma água não é sempre um bom indicador de sua transmissão, uma vez que a água, mesmo clara à luz visível, pode absorver a radiação.
Intensidade da radiação, Tempo de exposição e controle de Microorganismos
A intensidade de radiação medida em watts.seg/cm2 ou Joules/cm2 (J/cm2) relaciona intensidade da lâmpada de ultravioleta com tempo de exposição: pelo gráfico podemos concluir que já com dosagens de 8 a 10 j/cm2 a sobrevivência dos microorganismos, no caso a Eschirichia coli cai a 1/1 000 000.
Aplicações da Radiação Ultravioleta (UV)
Efluentes: com a tecnologia UV em efluentes nada é acrescentado à água, quando o efluente é despejado após o tratamento e a desinfecção, a água estará de acordo com os limites de microorganismos e sem subprodutos nocivos ao meio ambiente, formados com o uso do cloro, por exemplo.
Processos de oxidação avançada para efluentes: Redução de COT (Carbono Orgânico Total) em processos de oxidação avançada, utilizando-se o peróxido do hidrogênio, ozônio e dióxido de titânio. Com estes processos, se oxidam efluentes de indústrias químicas, farmacêuticas ou cosméticas com a produção do radical OH+, que quebra cadeias complexas de efluentes, transformando-as em subprodutos inócuos como o monóxido de carbono (CO²).
Vantagens do Sistema Ultravioleta
Seguro
Não adiciona produtos químicos
Não produz subprodutos (cloroaminas);
Operador não requer licença nem treinamento especial;
Eficiente contra bactéria, fungos, vírus e algas.
Barato e de baixa manutenção
Redução da necessidade de biocidas
Fonte: http://www.naturaltec.com.br/Desinfeccao-Ultravioleta-UV-Agua.html
Achei muito interessante seu post sobre o tratamento ultravioleta, me interesso por este assunto e, como andei estudando a respeito, gostaria de comentar alguns pontos do tratamento com UV, mais especificamente para piscinas.
ResponderExcluirEm qualquer tratamento, seja ele UV, ozonização ou ionização, o cloro residual tem que estar presente por exigência da vigilância sanitária (portaria nº 518, que dispõe sobre parâmetros para água de consumo humano, o que inclui uso em piscinas públicas ou privadas), isto porque os tratamentos com UV ou ozônio não deixam residual na água. Assim, a mesma ficará desprotegida na piscina até passar novamente na casa de bomba para filtração. No caso do tratamento com ionização (normalmente íons de cobre e prata), estes íons não oxidam a matéria orgânica (transpiração, urina, secreções, bronzeadores) presentes na água. O UV também não oxida a matéria orgânica. O único destes três tratamentos que oxida a matéria orgânica é o ozônio mas, por não ter efeito residual, também precisa manter o cloro na água.
É importante lembrar que o cloro reage com estas matérias orgânicas formando as cloraminas, que são “vilãs”: causam ardência nos olhos, ressecamento da pele e cabelos e são especialmente ruins para quem sofre de rinite, bronquite, asma, etc.
Os sistemas UV e ionização não eliminam as cloraminas porque não são tratamentos oxidantes, o tratamento com ozônio é o único que elimina por completo as cloraminas.