domingo, 2 de maio de 2010

CONSERVAÇÃO DE ALIMENTOS

Na indústria alimentícia a radiação é utilizada para evitar que raízes ou tubérculos brotem durante o armazenamento (como é o caso de cebolas e batatas);
Para eliminar insetos dos grãos antes do armazenamento, ou ainda para preservar alimentos, inibindo ou destruindo as bactérias e outros microorganismos.
A radiação atuando sobre as substâncias alimentícias vai ionizar alguns átomos e alterar a estrutura de moléculas vitais, provocando a morte de bactérias e microorganismos.
Dependendo do alimento, podem ocorrer certos problemas associados com a esterilização, como a mudança no sabor, na cor e textura. Em outros casos há a diminuição do conteúdo da vitamina.
Em setembro de 1976, em Genebra, uma comissão conjunta de três organizações: a Organização de Fomento e Agricultura (FAO), a Agência Internacional de Energia Atômica (IAEA) e a Organização Mundial de Saúde (WHO), recomendou a aceitação incondicional de cinco alimentos irradiados: galinha, mamão, batata, morango e trigo; e propuseram a aceitação provisória de cebola, bacalhau e arroz.
Cabe salientar que as radiações, conforme já foi comprovado, destroem tecidos vivos e impedem a germinação. O valor nutricional do alimento também é afetado: vitaminas A, C, E, K, B12, B6 e o ácido fólico são inativadas ou destruídas no processo. Proteínas são desnaturadas e as gorduras tendem à rancificação (se oxidam), pela destruição dos antioxidantes. Considerando que o principal objetivo da alimentação é nutrir o organismo, torna-se altamente questionável o uso de um processo de conservação de alimentos que destrói tantos nutrientes essenciais ao corpo humano.
Apesar de já existirem normas e padrões para alimentos irradiados com a aprovação do Ministério da Saúde, o uso dessa tecnologia envolve questões sociais mais complexas. É imprescindível analisar de que forma este e outros métodos empregados hoje na indústria de alimentos para sua conservação contribuem verdadeiramente para tornar o alimento mais saudável, seguro e barato para a população. Essa questão é fundamental quando sabemos que boa parte dos alimentos industrializados perdem seu valor nutricional, em função dos métodos de conservação empregados. Ou quando consideramos que o baixo poder aquisitivo da população restringe seu acesso a alimentos mais elaborados; sem mencionar os desperdícios que ocorrem devido à ineficiência do atual sistema de abastecimento.

OKUNO, Emico; CALDAS, Iberê. L.; CHOW, Cecil. Física para ciências Biológicas e Biomédicas. São Paulo:Harper & Row do Brasil,1982.16p.

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