quinta-feira, 20 de maio de 2010

Radiação não ionizante

As radiações podem ser classificadas como corpusculares (apresentam massa) e como eletromagnéticas. Essas últimas podem ser agrupadas segundo determinados parâmetros, constituindo um espectro eletromagnético e dependendo da capacidade de promoverem ionização ou não dos principais átomos que constituem os seres vivos, as mesmas são consideradas ionizantes (raios X e gama) ou não ionizantes. As radiações ultravioletas (UV), visíveis, infravermelhas (IV), microondas (MO) e ondas curtas (OC) são exemplos dessas últimas. As diversas fontes de radiações eletromagnéticas são usadas rotineiramente em Ciências da Saúde e seus efeitos estão intimamente associados à capacidade de absorção da energia fotônica pelo meio. No caso de originar uma lesão em um ser vivo, essa absorção que corresponde ao estágio inicial de uma lesão, que é conhecido como estágio físico. Os efeitos biológicos das radiações ionizantes, as radiolesões, estudadas pela Radiobiologia, são conseqüência de ionizações e/ou excitações atômicas e/ou moleculares. Esses efeitos podem ocorrer por uma interação direta com uma estrutura alvo (efeito direto) e/ou por uma interação com o meio no qual se encontra a estrutura alvo, gerando os radicais livres (efeito indireto). Esses radicais livres seriam os responsáveis pelo efeito biológico observado. Um radical livre corresponde a um átomo ou uma molécula que possui um ou mais elétrons não emparelhados, o que lhe assegura uma enorme reatividade química. As fontes de radiações ionizantes são empregadas diretamente por especialidades médicas, como a Radiologia, a Radioterapia e a Medicina Nuclear. Esses empregos visam o diagnóstico e/ou tratamento de doenças variadas. As radiações não ionizantes, apesar de não terem a capacidade de ionizar os principais átomos que constituem o sistema biológico, podem acarretar importantes alterações nos níveis energéticos das moléculas e/ou átomos quando são absorvidas. Como conseqüência, essas perturbações energéticas levam a efeitos diversos, como o aumento da energia rotacional, da energia translacional e da energia vibracional dos componentes moleculares do meio, tornando-os altamente reativos, podendo gerar fotolesões que são estudadas pela Fotobiologia. Na medicina e na fisioterapia, essas radiações não ionizantes são aplicadas em vários procedimentos, visando o restabelecimento das condições funcionais alteradas por doenças diversas. Muitos efeitos relacionados à radiação do tipo UV longo (UVA) são dependentes de oxigênio e mediados por reações de fotooxidação, que conduzem a formação de radicais livres. Outros efeitos possíveis são os causados pelos comprimentos de onda entre 420 e 480 nm (luz visível), que são absorvidos pela molécula de bilirrubina, que sofre fotooxidação e dessa forma é facilmente excretada pela urina. Essa seqüência de eventos relacionados com as radiações visíveis encontra aplicação clínica no tratamento de icterícia neonatal. A psoríase e o vitiligo são doenças de etiologias desconhecidas que podem ser tratadas pela associação de UVA e agentes fotossensibilizadores, especialmente as psoraleínas. Além dessas doenças, comprometimentos músculo-esqueléticos, neurológicos, dermatológicos e reumatológicos têm sido tratados com sucesso por outras fontes de radiação não ionizante. A utilização das radiações eletromagnéticas não ionizantes em Ciências da Saúde deve levar em consideração a sensibilidade do paciente frente à dose e ao tempo de aplicação do recurso físico, existindo um controle dose-efeito para que se possa atingir o objetivo proposto. A diatermia por microondas e ondas-curtas é normalmente utilizada quando determinada região está sendo preparada para a cinesioterapia, por propiciar o relaxamento músculo-tendíneo. A cromopuntura consiste na aplicação de luz visível em pontos de acupuntura para o tratamento de desarmonias energéticas que acarretam doenças ou alterações fisiológicas. Para tanto, é utilizado um aparelho elétrico denominado bastão cromático, composto por uma fonte de luz branca dentro de uma fenda onde é colocado o filtro de luz desejado, e um cristal de quartzo branco por onde a luz é projetada. Os principais efeitos fisiológicos relacionados com a radiação IV são resultantes do aquecimento local dos tecidos. Estes efeitos são as alterações no comportamento metabólico e circulatório, na função nervosa e na atividade celular. Uma elevação na temperatura resultará num aumento das atividades metabólicas nos tecidos superficiais devido ao efeito direto do calor nos processos químicos. Desta forma, foi demonstrado que a radiação IV causa um aumento no fluxo sanguíneo da região cutânea devido à vasodilatação dos vasos sanguíneos da pele. Este efeito pode ser mediado pela ação direta do calor sobre os próprios vasos, ou através da atuação deste calor na inervação nervosa vasomotora. Níveis elevados de certos metabólitos do sangue, resultantes do aumento da atividade metabólica em decorrência das temperaturas mais elevadas, também têm um efeito direto sobre as paredes vasculares, o que estimula a vasodilatação. Estas alterações não se refletem nos tecidos mais profundos do corpo. A aplicação desses recursos físicos é de grande relevância, embora, de modo geral, os mesmos, em Fisioterapia, sejam associados também a procedimentos de cinesioterapia, visando reabilitar o paciente e oferecer ao mesmo uma melhor qualidade de vida. É importante ressaltar que a manipulação de fontes de radiação não ionizantes deva ser realizada dentro de critérios técnicos bem estabelecidos, objetivando não acarretar problemas tanto para o terapeuta quanto para o paciente. Desse modo torna-se imprescindível à devida qualificação dos profissionais envolvidos com esses procedimentos.

Fonte:http://www.sbpcnet.org.br/livro/57ra/programas/CONF_SIMP/textos/mariobernardofilho.htm

Radiação no celular: é preciso se preocupar com a saúde?






Celulares são onipresentes no mundo atual. Eles mudaram —e continuam mudando— a maneira como as pessoas se comunicam, trabalham e se divertem. E a transmissão das informações é feita pela radiação eletromagnética. Por isso, não tardou a aparecer aqueles preocupados com a segurança destes aparelhos, já que a radiação, dependendo de seu tipo, pode causar danos graves a saúde das pessoas.


Os raios infravermelhos, ultravioletas e a luz emitida pelo sol são exemplos de onda eletromagnética. "No início do século XIX, o homem começou a controlar essa radiação", explica Glaúcio Lima Siqueira, professor associado do Centro de Estudo em Telecomunicações da PUC-Rio e PhD em Engenharia Elétrica. Assim, viabilizou-se o surgimento do rádio, da televisão, do motor elétrico e de tantas outras tecnologias que tornaram possível a vida como conhecemos hoje.

A comunicação é umas das aplicações mais comuns da radiação eletromagnética. É o que possibilita, por exemplo, que aparelhos de rádio-amador e walkie-talkies funcionem. Nenhuma dessas máquinas, porém, jamais chegou perto da popularidade alcançada pelos celulares. Uma presença tão constante em nossas vidas, que há tempos começou a levantar suspeitas sobre os efeitos de seu uso em nosso corpo.

Essa desconfiança estimulou o surgimento de diversas pesquisas e fez como que governos como os da Áustria, França, Alemanha e Suécia recomendassem a seus cidadãos medidas para minimizar a exposição. Exemplos de recomendações são o uso de fones para diminuir a emanação de radiação na cabeça, manter o celular longe do corpo e não usar o aparelho dentro de um carro. A necessidade dessas precauções, porém, não é um consenso entre quem estuda o assunto.

Fonte: UOL Tecnologia

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Ondas eletromagnéticas compõem a radiação emitida pelo Sol


Presentes na luz do sol, raios UV podem ser nocivos
Alice Dantas Brites*
Especial para a Página 3 Pedagogia & Comunicação
Divulgação/Nasa

Ondas eletromagnéticas compõem a radiação emitida pelo Sol

A radiação emitida pelo sol é composta por ondas eletromagnéticas de diversos comprimentos. Ao conjunto dessas ondas é dado o nome de espectro luminoso. A luz que podemos enxergar, chamada luz visível, corresponde apenas a uma pequena faixa do espectro e vai do comprimento de onda vermelho até o violeta.

As ondas abaixo do vermelho são denominadas de raios infravermelhos e aquelas acima do violeta correspondem à radiação ultravioleta. Esses tipos de raios não são visíveis ao olho humano.

Radiação ultravioleta e camada de ozônio
A radiação ultravioleta, também conhecida pela sigla UV, pode ser subdividida em três tipos de raios, UVC, UVB e UVA, de acordo com o seu comprimento de onda. A camada de ozônio que envolve a Terra consegue absorver grande parte desses raios, impedindo que boa parte deles chegue à superfície terrestre.

Essa camada protetora vem, no entanto, sendo destruída por produtos fabricados pelo homem e se tornando mais fina em diversas regiões do planeta, originando os famosos buracos na camada de ozônio. Uma das regiões mais afetadas é a Antártida, mas os Estados Unidos, a China e o Japão também já estão apresentando sinais do problema.

Perigos dos raios UV
Os raios UV podem causar sérios danos à saúde, como o envelhecimento precoce, o câncer de pele, problemas oculares e até mesmo alterações no sistema imunológico.

Os raios UVB são responsáveis por queimaduras na pele, ou seja, por aquelas manchas vermelhas e ardidas que surgem quando vamos à praia sem protetor solar. Já os raios UVA não provocam essa reação superficial. Porém, são capazes de penetrar em camadas mais profundas. A exposição excessiva a esses raios, ao longo do tempo, danifica a pele e favorece o surgimento de câncer.

Ao atingir os olhos, essa radiação pode provocar o surgimento da catarata, doença caracterizada por lesões oculares que tornam o cristalino (espécie de lente dos nossos olhos) opaco, levando à perda parcial ou total da visão.

Os cientistas estimam que, para cada 1% de perda da camada de ozônio, podem surgir cerca de 50 mil novos casos de câncer e 100 mil problemas oftalmológicos ao redor do mundo.

Protetor solar
Para nos protegermos dos efeitos nocivos dos raios UV devemos tomar alguns cuidados. Um deles é evitar se expor ao sol entre dez da manhã e três da tarde, horário em que o sol é mais forte. Além disso, ao praticar atividades ao ar livre ou ao passar o dia na praia, devemos nos proteger com chapéus, óculos de sol e aplicar o protetor solar.

O protetor solar atua como uma barreira química que absorve os raios UV, impedindo que eles danifiquem a pele. Protetores que formam uma camada opaca sobre o corpo atuam também como uma barreira física, refletindo a luz solar.

O fator de proteção solar (FPS) indica o grau de proteção contra os raios UVB. O número do FPS indica quanto tempo você pode ficar exposto ao sol antes de começar a se queimar. Por exemplo, uma pessoa que costuma ficar vermelha depois de dez minutos de exposição, com um protetor de FPS 8 começará a se queimar após 80 minutos, com FPS 15 após 150 minutos, e assim por diante.

Ao comprar um protetor solar devemos procurar produtos que ofereçam proteção tanto contra os raios UVB como contra os raios UVA, além de escolher um FPS adequado ao nosso tipo de pele.

Benefícios dos raios UV
Embora a exposição excessiva aos raios UV possa ser prejudicial, em pequenas quantidades ela é benéfica. Isso porque esses raios estimulam a produção de vitamina D pelo organismo. Esta vitamina promove a absorção do cálcio, mineral essencial para a boa formação de dentes e ossos.

A radiação ultravioleta também é utilizada em diversas áreas e objetos do nosso cotidiano. As lâmpadas fluorescentes emitem raios UV, que são filtrados por uma camada interna e transformados em luz visível; por não produzir calor, essas lâmpadas também são chamadas de "luz fria".

A luz negra também emite raios UV e possui diversas aplicações, como leitores óticos, enfeites de festas e lanternas. A indústria química utiliza esses raios em um procedimento de análise química conhecido como espectrofotometria e na marcação de substâncias orgânicas e inorgânicas.

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Radioterapia





Radioterapia é um método capaz de destruir células tumorais, empregando feixe de radiações ionizantes. Uma dose pré-calculada de radiação é aplicada, em um determinado tempo, a um volume de tecido que engloba o tumor, buscando erradicar todas as células tumorais, com o menor dano possível às células normais circunvizinhas, à custa das quais se fará a regeneração da área irradiada.

As radiações ionizantes são eletromagnéticas ou corpusculares e carregam energia. Ao interagirem com os tecidos, dão origem a elétrons rápidos que ionizam o meio e criam efeitos químicos como a hidrólise da água e a ruptura das cadeias de ADN. A morte celular pode ocorrer então por variados mecanismos, desde a inativação de sistemas vitais para a célula até sua incapacidade de reprodução.

A resposta dos tecidos às radiações depende de diversos fatores, tais como a sensibilidade do tumor à radiação, sua localização e oxigenação, assim como a qualidade e a quantidade da radiação e o tempo total em que ela é administrada.

Para que o efeito biológico atinja maior número de células neoplásicas e a tolerância dos tecidos normais seja respeitada, a dose total de radiação a ser administrada é habitualmente fracionada em doses diárias iguais, quando se usa a terapia externa.


Radiossensibilidade e radiocurabilidade
A velocidade da regressão tumoral representa o grau de sensibilidade que o tumor apresenta às radiações. Depende fundamentalmente da sua origem celular, do seu grau de diferenciação, da oxigenação e da forma clínica de apresentação. A maioria dos tumores radiossensíveis são radiocuráveis. Entretanto, alguns se disseminam independentemente do controle local; outros apresentam sensibilidade tão próxima à dos tecidos normais, que esta impede a aplicação da dose de erradicação. A curabilidade local só é atingida quando a dose de radiação aplicada é letal para todas as células tumorais, mas não ultrapassa a tolerância dos tecidos normais.


Indicações da radioterapia
Como a radioterapia é um método de tratamento local e/ou regional, pode ser indicada de forma exclusiva ou associada aos outros métodos terapêuticos. Em combinação com a cirurgia, poderá ser pré-, per- ou pós-operatória. Também pode ser indicada antes, durante ou logo após a quimioterapia.

A radioterapia pode ser radical (ou curativa), quando se busca a cura total do tumor; remissiva, quando o objetivo é apenas a redução tumoral; profilática, quando se trata a doença em fase subclínica, isto é, não há volume tumoral presente, mas possíveis células neoplásicas dispersas; paliativa, quando se busca a remissão de sintomas tais como dor intensa, sangramento e compressão de órgãos; e ablativa, quando se administra a radiação para suprimir a função de um órgão, como, por exemplo, o ovário, para se obter a castração actínica.


Fontes de energia e suas aplicações
São várias as fontes de energia utilizadas na radioterapia. Há aparelhos que geram radiação a partir da energia elétrica, liberando raios X e elétrons, ou a partir de fontes de isótopo radioativo, como, por exemplo, pastilhas de cobalto, as quais geram raios gama. Esses aparelhos são usados como fontes externas, mantendo distâncias da pele que variam de 1 centímetro a 1 metro (teleterapia). Estas técnicas constituem a radioterapia clínica e se prestam para tratamento de lesões superficiais, semiprofundas ou profundas, dependendo da qualidade da radiação gerada pelo equipamento.
Os isótopos radioativos (cobalto, césio, irídio etc.) ou sais de rádio são utilizados sob a forma de tubos, agulhas, fios, sementes ou placas e geram radiações, habitualmente gama, de diferentes energias, dependendo do elemento radioativo empregado. São aplicados, na maior parte das vezes, de forma intersticial ou intracavitária, constituindo-se na radioterapia cirúrgica, também conhecida por braquiterapia.

No quadro abaixo estão relacionadas as diversas fontes usadas na radioterapia e os seus tipos de radiação gerada, energias e métodos de aplicação.
Fonte Tipo de radiação Energia Método de aplicação
Contatoterapia Raios X (superficial) 10 - 60 kV Terapia superficial
Roentgenterapia Raios X (ortovoltagem) 100 - 300 kV Terapia semiprofunda
Unidade de cobalto Raios gama 1,25 MeV Teleterapia profunda
Acelerador linear Raios X de alta energia e elétrons* 1,5 - 40 MeV Teleterapia profunda
Isótopos radioativos Raios gama e/ou beta Variável conforme o isótopo utilizado Braquiterapia
* Os feixes de elétrons, na dependência de sua energia, podem ser utilizados também na terapia superficial

As unidades internacionalmente utilizadas para medir as quantidades de radiação são o röentgen e o gray. O röentgen (R) é a unidade que mede o número de ionizações desencadeadas no ar ambiental pela passagem de uma certa quantidade de radiação. Já o gray expressa a dose de radiação absorvida por qualquer material ou tecido humano. Um gray (Gy) corresponde a 100 centigrays (cGy).


Efeitos adversos da radioterapia
Normalmente, os efeitos das radiações são bem tolerados, desde que sejam respeitados os princípios de dose total de tratamento e a aplicação fracionada.

Os efeitos colaterais podem ser classificados em imediatos e tardios.

Os efeitos imediatos são observados nos tecidos que apresentam maior capacidade proliferativa, como as gônadas, a epiderme, as mucosas dos tratos digestivo, urinário e genital, e a medula óssea. Eles ocorrem somente se estes tecidos estiverem incluídos no campo de irradiação e podem ser potencializados pela administração simultânea de quimioterápicos. Manifestam-se clinicamente por anovulação ou azoospermia, epitelites, mucosites e mielodepressão (leucopenia e plaquetopenia) e devem ser tratados sintomaticamente, pois geralmente são bem tolerados e reversíveis.

Os efeitos tardios são raros e ocorrem quando as doses de tolerância dos tecidos normais são ultrapassadas. Os efeitos tardios manifestam-se por atrofias e fibroses. As alterações de caráter genético e o desenvolvimento de outros tumores malignos são raramente observados.

Todos os tecidos podem ser afetados, em graus variados, pelas radiações. Normalmente, os efeitos se relacionam com a dose total absorvida e com o fracionamento utilizado. A cirurgia e a quimioterapia podem contribuir para o agravamento destes efeitos.

domingo, 2 de maio de 2010

CONSERVAÇÃO DE ALIMENTOS

Na indústria alimentícia a radiação é utilizada para evitar que raízes ou tubérculos brotem durante o armazenamento (como é o caso de cebolas e batatas);
Para eliminar insetos dos grãos antes do armazenamento, ou ainda para preservar alimentos, inibindo ou destruindo as bactérias e outros microorganismos.
A radiação atuando sobre as substâncias alimentícias vai ionizar alguns átomos e alterar a estrutura de moléculas vitais, provocando a morte de bactérias e microorganismos.
Dependendo do alimento, podem ocorrer certos problemas associados com a esterilização, como a mudança no sabor, na cor e textura. Em outros casos há a diminuição do conteúdo da vitamina.
Em setembro de 1976, em Genebra, uma comissão conjunta de três organizações: a Organização de Fomento e Agricultura (FAO), a Agência Internacional de Energia Atômica (IAEA) e a Organização Mundial de Saúde (WHO), recomendou a aceitação incondicional de cinco alimentos irradiados: galinha, mamão, batata, morango e trigo; e propuseram a aceitação provisória de cebola, bacalhau e arroz.
Cabe salientar que as radiações, conforme já foi comprovado, destroem tecidos vivos e impedem a germinação. O valor nutricional do alimento também é afetado: vitaminas A, C, E, K, B12, B6 e o ácido fólico são inativadas ou destruídas no processo. Proteínas são desnaturadas e as gorduras tendem à rancificação (se oxidam), pela destruição dos antioxidantes. Considerando que o principal objetivo da alimentação é nutrir o organismo, torna-se altamente questionável o uso de um processo de conservação de alimentos que destrói tantos nutrientes essenciais ao corpo humano.
Apesar de já existirem normas e padrões para alimentos irradiados com a aprovação do Ministério da Saúde, o uso dessa tecnologia envolve questões sociais mais complexas. É imprescindível analisar de que forma este e outros métodos empregados hoje na indústria de alimentos para sua conservação contribuem verdadeiramente para tornar o alimento mais saudável, seguro e barato para a população. Essa questão é fundamental quando sabemos que boa parte dos alimentos industrializados perdem seu valor nutricional, em função dos métodos de conservação empregados. Ou quando consideramos que o baixo poder aquisitivo da população restringe seu acesso a alimentos mais elaborados; sem mencionar os desperdícios que ocorrem devido à ineficiência do atual sistema de abastecimento.

OKUNO, Emico; CALDAS, Iberê. L.; CHOW, Cecil. Física para ciências Biológicas e Biomédicas. São Paulo:Harper & Row do Brasil,1982.16p.

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Tratamento de Água e Efluentes

Desinfecção/ Radiação Ultravioleta (UV) e Ozônio

Onde as pessoas se juntem existe o risco de contaminações tanto na água como no ar. Aerossóis, gotas de água “aerotransportadas”, podem conter doenças, se dispersar no ambiente ou serem ingeridas diretamente.
A radiação UVC pode ser usada para tratame

nto de água. Substitui o cloro, o ozônio e outros oxidantes na desinfecção da água. A radiação ultravioleta é usada para desinfecção de água potável, de efluentes tratados, águas de torre de resfriamento, aqüicultura, aquários, lagos, água engarrafada, água de piscinas, desinfecção de caldo e açúcar liquido, desinfecção de ar e

superfícies e ar condicionados. O sistema de esterilização por ultravioleta (UV) tem sido utilizado com segurança em hospitais, clínicas, laboratórios e indústrias alimentícias, farmacêuticas, cosméticas, de laticínios e outras, há mais de cinqüenta anos. Aparelhos domésticos de radiação ultravioleta (UV), na Europa e EUA, se tornaram populares devido à tendência do uso em piscinas substituindo o cloro formador de c

loraminas (THMs). A radiação UV usada para desinfecção é gerada artificialmente por lâmpadas de vapor de mercúrio. Quando penetra no corpo dos microorganismos a seu código genético e impossibilita a reprodução.


Desinfecção de Água com Ultravioleta e Ozônio

A radiação ultravioleta (UV) é formada por faixas de radiação com características e aplicações práticas específicas. A UV-A, conhecida com

o "UV de onda longa" ou "luz negra", representa a maior parte dos raios UV emitidos pelo sol sendo responsável pelo efeito de bronzeamento da pele. Não é prejudicial e é usada no tratamento médico de certas doenças da pele. A UV-B, uma parte pequena da radiação UV da luz solar é perigosa, mas a maior parte é absorvida pela camada de ozônio na atmosfera. A exposição prolongada aos raios UV-B resulta em câncer de pele e cataratas nos olhos. radiação

A UV-C ou faixa UV germicida, também conhecida como "UV de onda curta", causa avermelhamento da pele e irritação nos olhos tr

ansitória, mas não causa câncer de pele.
A radiação ultravioleta (UV) age no material genético dos microorganismos (DNA), impedindo sua multiplicação. Não acrescenta nada à água nem às características físico-químicas. A radiação do sol inclui, ondas de rádio, infravermelho, luz visível, raios-x, raios gama, raios cósmicos e radiação ultravioleta.

A luz ultravioleta (UVC) germicida faz parte do espectro eletromagnético não visível, com comprimentos de onda entre 100 e 400 nanômetros. Focando-nos numa célula básica de bactéria, interessa-nos a parede da célula, a membrana citoplasmática e o ácido nucléico. O alvo principal da desinfecção por luz ultravioleta UVC

é o material genético, também chamado ácido nucléico. Os micróbios são destruídos quando a luz penetra a célula e é absorvida pelo ácido nucléico. Esta absorção provoca um rearranjo da informação genética que interfere com a capacidade de reprodução da célula. Os microorganismos são inativados pela luz UV resultado de um dano fotoquímico ao ácido nucléico

Microorganismos sob efeito da UV


A maioria dos microorganismos é controlada pela radiação Ultravioleta (UV)
Na desinfecção ocorre uma redução na concentração de patógenos para níveis não infecciosos, podendo atingir vários níveis de redução.

A dosagem de UV recomendada varia de acordo com o organismo e legislação em cada país. Em geral, para água potável e efluentes tratados se usam dosagens de 30 a 100 mW-seg/cm2, respectivamente.A radiação, que atinge os microorganismos é afetada pela turbidez da água, pela temperatura e pelos depósitos de materiais que se acumulam sobre a lâmpada. A Amônia, Nitratos e Nitritos, além da DBO, não afetam a radiação e sua penetração na água; o Ferro e ácidos húmicos absorvem a radiação, o pH afeta a solubilidade dos metais e carbonatos e os sólidos em suspensão e podem abrigar os organismos da radiação.
A claridade visual de uma água não é um bom indicador de sua transmissão; uma água clara para luz visível pode absorver a luz ultravioleta. A melhor forma de medir a transmissão de luz ultravioleta na água é amostrar comum fotômetro que mede a transmissão do comprimento de onda 254 nm.


Transmissão de UV no Meio

A claridade visual de uma água não é sempre um bom indicador de sua transmissão, uma vez que a água, mesmo clara à luz visível, pode absorver a radiação.


Intensidade da radiação, Tempo de exposição e controle de Microorganismos
A intensidade de radiação medida em watts.seg/cm2 ou Joules/cm2 (J/cm2) relaciona intensidade da lâmpada de ultravioleta com tempo de exposição: pelo gráfico podemos concluir que já com dosagens de 8 a 10 j/cm2 a sobrevivência dos microorganismos, no caso a Eschirichia coli cai a 1/1 000 000.


Aplicações da Radiação Ultravioleta (UV)

Efluentes: com a tecnologia UV em efluentes nada é acrescentado à água, quando o efluente é despejado após o tratamento e a desinfecção, a água estará de acordo com os limites de microorganismos e sem subprodutos nocivos ao meio ambiente, formados com o uso do cloro, por exemplo.

Processos de oxidação avançada para efluentes: Redução de COT (Carbono Orgânico Total) em processos de oxidação avançada, utilizando-se o peróxido do hidrogênio, ozônio e dióxido de titânio. Com estes processos, se oxidam efluentes de indústrias químicas, farmacêuticas ou cosméticas com a produção do radical OH+, que quebra cadeias complexas de efluentes, transformando-as em subprodutos inócuos como o monóxido de carbono (CO²).


Vantagens do Sistema Ultravioleta

Seguro

Não adiciona produtos químicos

Não produz subprodutos (cloroaminas);

Operador não requer licença nem treinamento especial;

Eficiente contra bactéria, fungos, vírus e algas.

Barato e de baixa manutenção

Redução da necessidade de biocidas



Fonte: http://www.naturaltec.com.br/Desinfeccao-Ultravioleta-UV-Agua.html

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Como funciona a Usina Nuclear?


Vamos partir do princípio e entender de onde vem a palavra "nuclear" em "radiação nuclear". Isso é algo que você já deve saber: todas as coisas são feitas de átomos, que se unem para formar as moléculas. Por termos aprendido sobre átomos e moléculas no ensino fundamental, nos sentimos proficientes para falar deles.

Depois do reator há pouca diferença entre uma usina de energia nuclear e uma usina de energia a carvão ou óleo, exceto pela fonte do calor usada para criar o vapor.


O recipiente de pressão do reator é normalmente alojado dentro de um revestimento de concreto que atua como um escudo contra radiação. Esse revestimento é alojado dentro de um recipiente de contenção de aço muito maior. Esse recipiente contém o núcleo do reator, bem como o maquinário (guindastes, etc.) que permite que os trabalhadores na usina reabasteçam e mantenham o reator. O recipiente de contenção de aço tem o objetivo de evitar o vazamento de gases ou fluidos radioativos da usina.

Finalmente, o recipiente de contenção é protegido por um edifício de concreto externo que é forte o suficiente para sobreviver a coisas como a queda de aeronaves. Essas estruturas de contenção secundárias são necessárias para evitar a saída de radiação/vapor radioativo no caso de um acidente como o da Three Mile Island. A ausência de estruturas de contenção secundárias em usinas de energia nuclear russas permitiu que material radioativo escapasse no acidente em Chernobyl.

O urânio-235 não é o único combustível possível para uma usina de energia. Outro material fissionável é o plutônio-239, que pode ser criado facilmente bombardeando-se o U-238 com nêutrons - algo que acontece o tempo todo em um reator nuclear.

Na imagem ao lado, vemos a animação de como funciona a Usina Nuclear.

sábado, 3 de abril de 2010

Rio testa remédio contra metástase óssea

Um novo medicamento para o tratamento da metástase óssea começará a ser testado pelo Hospital Universitario Clementino Fraga Filho da UFRJ. O estudo será feitocom pacientes com cancer de prostata, um dos tumores que mais comumente migram para os ossos do doente.
Batizada de Alfa Radin, a nova droga foi dessenvolvida em Oslo e está sendo testada em varios países, alem do Brasil.
Atualmente, o tratamento de praxe para esses casos inclui hormonioterapia e quimioterapia. Depois de um a três anos, porem, muitos passa a apresentar resistência às substâncias e ficam sem alternativa.
Sã homens nessa situação que testaram o novo fármaco, carregado com uma partícula radioativa sintetizada em laboratório. A expectativa é que a radiação emitida pela droga seja capaz de controlar ou até mesmo reduzir a metástase, dando mais tempo e qualidade de vida para os pacientes.
"O medicamento vai direto para o tecido em torno das metástases, irradia e mata o tumor", explica o coordenador do núcleo de pesquisa em câncer da faculdade de Medicina da UFRJ, Eduardo Côrtes.
Avaliações anteriores mostraram que a droga tem efeitos colaterais reduzidos. Por emitir ondas alfa, de alcance restrito, o fármaco atua quase exclusivamente sobre os tumores.
O objetivo, agora, é comparar os resultados do tratamento com o fármaco e com o placebo. Para isso, 750 pessoas participam da pesquisa no Brasil e em outros países.
Se a eficácia for comprovada, o medicamento precisará obter o registro antes de ser incorporado ao arsenal terapêutico da metastase ossea. O objetivo é testá-lo também nos casos em que o tumor original não é o de próstata - pacientes com câncer de mama ou intestino, por exemplo, tambem podem sofrer do problema. os testes feito até aqui s~so promissores, mas é preciso dar um passo de cada vez", diz Cortês.
Fonte: Folha Online

segunda-feira, 29 de março de 2010

Maior acelerador de partículas do mundo é religado após 14 meses

O maior acelerador de partículas do mundo voltou à atividade nesta sexta-feira, após 14 meses parado, informou o Centro Europeu de Investigação Nuclear (CERN). O primeiro teste da máquina foi realizado por algumas horas em setembro de 2008, antes do acelerador apresentar um grave problema e ter que ser desligado.

"Os primeiros testes de injeção de partículas de prótons começaram às 16h (13h no horário de Brasília)", disse James Gillies, porta-voz do CERN.

Estas injeções duraram uma "fração de segundo" para permitir que as partículas "deem meia volta, e até uma volta" no circuito do Grande Colisor de Hádrons (LHC), destacou Gillies.

"Se tudo ocorrer bem, às 7h deste sábado [04h no horário de Brasília] trataremos de fazer circular um feixe de partículas durante vários minutos", disse o porta-voz.

A circulação de partículas no gigantesco equipamento começará em um primeiro momento em baixa energia, com 450 GeV (gigaeletrons volts), e quando os cientistas injetarem feixes em direções opostas se produzirão, a essa velocidade, as primeiras colisões.

A partir então, o experimento consistirá em ir aumentando progressivamente a potência da circulação dos prótons, até chegar ao momento mais esperado e temido por alguns: as primeiras colisões de partículas a velocidade próxima a da luz, o que calculam que poderia ocorrer em janeiro.

Nesse momento, serão recriados os instantes posteriores ao Big Bang, o que dará informações-chave sobre a formação do universo e confirmará ou não a teoria da física, baseada no Bóson de Higgs.

A existência dessa partícula, que deve seu nome ao cientista que há 45 anos previu sua existência, considera-se indispensável para explicar por que as partículas elementares têm massa e por que as massas são tão diferentes entre elas.

Segundo Gillies, uma garrafa de champanhe já está pronta para a comemoração.

O LHC custou 3,76 bilhões de euros e deve permitir progressos sobre o conhecimento da matéria e a origem do universo. O acelerador, contudo, teve sucessivos problemas após entrar em serviço, no dia 10 de setembro de 2008.

O primeiro incidente ocorreu menos de 48 horas após a ativação do sistema, sendo seguido por um segundo defeito, no dia 19 de setembro, que afetou os ímãs encarregados de guiar as partículas pelo circuito do acelerador.

O circuito mede nada menos que 27 km e está 100 metros sob a terra, em uma região da fronteira entre França e Suíça, passando pelo território dos dois países.

Desde setembro de 2008, o CERN realiza um longo trabalho para reparar o Acelerador de Partículas, que incluiu a instalação de novos sistemas de segurança ao longo do percurso, cuja construção envolveu mais de 7.000 físicos, durante cerca de 12 anos.

Mas nem todo mundo apoia a experiência. Um grupo contrário ao experimento apresentou nesta sexta-feira uma denúncia ao Conselho de Direitos Humanos sobre o "perigo" que a população está exposta com esse teste.

Eles alegam que a matéria estará em um estado jamais observado antes --o que pode levar ao surgimento de um buraco negro capaz de aspirar tudo o que estiver ao redor.

Fonte: Folha Online

sábado, 20 de março de 2010

Chernobyl : Um desastre sem precedentes

http://ceolino.blogspot.com/2007/04/26-de-abril-1986-acidente-nuclear-em.html

No ano de 1986, os operadores da usina nuclear de Chernobyl, na Ucrânia, realizaram um experimento com o reator 4. A intenção inicial era observar o comportamento do reator nuclear quando utilizado com baixos níveis de energia. Contudo, para que o teste fosse possível, os responsáveis pela unidade teriam que quebrar o cumprimento de uma série de regras de segurança indispensáveis. Foi nesse momento que uma enorme tragédia nuclear se desenhou no Leste Europeu.
Entre outros erros, os funcionários envolvidos no episódio interromperam a circulação do sistema hidráulico que controlava as temperaturas do reator. Com isso, mesmo operando com uma capacidade inferior, o reator entrou em um processo de superaquecimento incapaz de ser revertido. Em poucos instantes a formação de uma imensa bola de fogo anunciava a explosão do reator rico em Césio-137, elemento químico de grande poder radioativo. Com o ocorrido, a usina de Chernobyl liberou uma quantidade letal de material radioativo que contaminou uma quilométrica região atmosférica. Em termos comparativos, o material radioativo disseminado naquela ocasião era assustadoramente quatrocentas vezes maior que o das bombas utilizadas no bombardeio às cidades de Hiroshima e Nagasaki, no fim da Segunda Guerra Mundial. Por fim, uma nuvem de material radioativo tomava conta da cidade ucraniana de Pripyat. Ao terem ciência do acontecido, autoridades soviéticas organizaram uma mega operação de limpeza composta por 600 mil trabalhadores. Nesse mesmo tempo, helicópteros eram enviados para o foco central das explosões com cargas de areia e chumbo que deveriam conter o furor das chamas. Além disso, foi necessário que aproximadamente 45.000 pessoas fossem prontamente retiradas do território diretamente afetado. Para alguns especialistas, a dimensões catastróficas do acidente nuclear de Chernobyl poderiam ser menores caso esse modelo de usina contasse com cúpulas de aço e cimento que protegessem o lugar. Não por acaso, logo após as primeiras ações de reparo, foi construído um “sarcófago” que isolou as ruínas do reator 4. Enquanto isso, uma assustadora quantidade de óbitos e anomalias indicava os efeitos da tragédia nuclear. Buscando sanar definitivamente o problema da contaminação, uma equipe de projetistas hoje trabalha na construção do Novo Confinamento de Segurança. O projeto consiste no desenvolvimento de uma gigantesca estrutura móvel que isolará definitivamente a usina nuclear de Chernobyl. Dessa forma, a área do solo contaminado será parcialmente isolada e a estrutura do sarcófago descartada. Apesar de todos estes esforços, estudos científicos revelam que a população atingida pelos altos níveis de radiação sofre uma série de enfermidades. Além disso, os descendentes dos atingidos apresentam uma grande incidência de problemas congênitos e anomalias genéticas. Por meio dessas informações, vários ambientalistas se colocam radicalmente contra a construção de outras usinas nucleares.

segunda-feira, 15 de março de 2010

A radioatividade presente em nosso dia-a-dia


Radiografia: ferramenta para diagnósticos na medicina.Fonte: http://www.brasilescola.com/quimica/a-radioatividade-presente-nosso-cotidiano.htm

Quando falamos em energia nuclear, a primeira coisa que vem à nossa mente é algo como bombas atômicas ou armas nucleares. Muitas pessoas fazem a triste associação da radioatividade com apenas coisas negativas, mas a energia nuclear é mais do que isso. Conheça a seguir alguns pontos positivos da radioatividade em nossa vida: Radiografia O físico alemão Wilhelm C. Roentgen, no ano de 1895, descobriu uma nova forma de energia capaz de sensibilizar filmes fotográficos protegidos da ação da luz. Essa tecnologia foi batizada de Raios-X, e rapidamente transformou-se em ferramenta para diagnósticos na medicina. O nome usual para essa tecnologia é radiografia. Quando uma pessoa é submetida à radiografia, é colocada entre o ponto de emissão da radiação e uma chapa fotográfica, ocorrendo uma exposição muito rápida à radiação. A radiografia tem aplicações importantes na medicina, na indústria da construção mecânica e no estudo físico de metais e das ligas metálicas. Radioterapia A radioterapia é um método capaz de destruir células tumorais, empregando feixe de radiações ionizantes, tem capacidade de destruir células, por isso representa hoje uma importante arma no combate ao câncer. A radioterapia pode ser empregada com o objetivo de eliminar totalmente o câncer, visando à cura do paciente, ou para diminuir os sintomas da doença, evitando as possíveis complicações decorrentes da presença e crescimento do tumor. Para alcançar esses objetivos, a radioterapia pode ser combinada à cirurgia e à quimioterapia, ou mesmo empregada como recurso isolado. Ela funciona do seguinte modo: uma dose pré-calculada de radiação é aplicada em um determinado tempo, a um volume de tecido que engloba o tumor. Essa técnica busca erradicar todas as células tumorais, com o menor dano possível às células normais circunvizinhas. A morte celular pode ocorrer então por variados mecanismos, desde a inativação de sistemas vitais para a célula até sua incapacidade de reprodução.

sábado, 6 de março de 2010

Sobre radiação


A radiação é a propagação de energia sob várias formas, sendo dividida geralmente em dois grupos: radiação corpuscular e radiação eletromagnética.


Os raios X são ondas eletromagnéticas, como os raios gama, diferindo apenas quanto a origem, pois os raios gama se originam dentro do núcleo atômico, enquanto que os raios X tem origem fora do núcleo, na desexcitação dos elétrons.


Logo após a descoberta dos raios X por Wilhelm Conrad Röntgen, em 1895, os cientistas perceberam que esses raios poderiam ter grandes aplicações práticas. Nos 15 anos que se seguiram, os médicos trabalharam com os físicos nos exames de corpos humanos, onde as primeiras aplicações foram em fraturas de ossos.


http://www.dentalpress.com.br/cms/wp-content/uploads/2008/02/raio-x_450.jpg


Por volta de 1920, iniciaram estudos relativos à aplicação de raios X na inspeção de materiais. Hoje em dia, são usados na indústria em ensaios não destrutivos, na medicina, e em pesquisas científicas.


Dentre os campos mais importantes de aplicação da radiação, estão a Biologia e a Medicina. Na Biologia, é usada em pesquisas de genética, fisiologia, botânica, dentre outros. Na medicina as aplicações são feitas num campo denominado radiologia, que compreende radioterapia, radiologia diagnóstica e medicina nuclear.


OKUNO,Emico;CALDAS,Iberê Luiz;CHOW,Cecil. Física para ciências Biológicas e Biomédicas. São Paulo:Harper & Row,1982.